Atravessando o samba e desafinando

Jogando num sábado de Carnaval, o Corinthians perdeu de virada para o fraco time do Santo André, que até então não havia ganho nenhuma partida no Campeonato Paulista. Após um primeiro tempo razoável, o time deixou seu repertório no vestiário e foi totalmente dominado pelo adversário. Em analogia aos festejos de Momo, podemos dizer que no segundo tempo o Abre Alas escorregou, a Bateria desafinou, a Porta Bandeira parou, a Ala das Baianas não sambou e a passista tropeçou. E o Corinthians de ferrou. 
Com jogadores melhor remunerados, com uma estrutura financeira e condições de jogo muito superior ao pequeno e aguerrido Santo André, com jogadores mais qualificados, a derrota é logicamente inexplicável e vexaminosa. Nossos jogadores voltaram do vestiário desatentos, desconcentrados, dispersivos e avoados. O time voltou sem padrão de jogo e sem organização. As mudanças não surtiram efeito e amargamos a segunda derrota no campeonato. Assim como vem ocorrendo, o time morreu na etapa final, não conseguindo sequer segurar o resultado, já que vencia por 1 a 0, com gol de Rodriguinho.
Levou o empate com um golaço do Tinga e a virada com o gol impedido do Lincom. Incrível como a lei do ex sempre funciona contra nós.
Errando muitos passes (45) e finalizações (8 erradas e 4 certas), o alvinegro não fez valer sua superioridade técnica e sucumbiu diante de um time que ainda não tinha conseguido vencer no Paulistão. Mesmo com o segundo gol do adversário marcado em impedimento, Carille não reclamou da arbitragem. O time foi tão mal e errou tanto que ficou sem moral para reclamar do erro do bandeira.
O jogo serviu para mostrar os erros alvinegros e a necessidade de reforçar algumas posições. Juninho Capixaba falhou muito, principalmente na defesa. Considero a possibilidade e a necessidade de dar uma chance para o Guilherme Romão. Gabriel ficou sobrecarregado na marcação e no segundo tempo a dupla Jadriguinho não funcionou. Clayson, para não variar foi outro que pifou na etapa final. É inacreditável, mas ele não consegue jogar uma partida inteira. Lucca foi péssimo, parece que a camisa pesa e ele só consegue jogar em time pequeno. Júnior Dutra movimentou-se bem, mas como todo o time morreu no segundo tempo. É evidente sua dificuldade de atuar centralizado. Precisamos de um nove com a máxima urgência. Até a zaga, sempre tão eficiente, teve seus vacilos. Também preocupante é a recorrente queda de rendimento do time na etapa final. Valmir Cruz precisa ficar mais atento. 
Embora o resultado não altere a classificação do Grupo A e o Corinthians permaneça na liderança do mesmo, o mau desempenho do time preocupa para os desafios da temporada. Há pouco tempo para corrigir os erros e reforçar as posições carentes. A Copa Libertadores está chegando e ainda não conseguimos manter o padrão de jogo e a regularidade, ainda não temos um time organizado e oscilamos muito, inclusive diante de adversários bem fracos. E apesar de estarmos em início de temporada, os desafios estão aproximando-se e exigindo providências urgentes nos aspectos físicos, técnicos e táticos. 

Créditos e fontes de imagens 
globoesporte.globo.com-Sergio Barzaghi/Gazeta Press/gazetaesportiva.com 
twitter.com/@Teleco1910/Reprodução TV 

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